domingo, 15 de março de 2009

Sete Décadas do IME

Hoje - 15 de março de 2009 - o Instituto Municipal de Ensino Eusínio Lavigne, popularmente conhecido como IME, comemora 70 anos de sua inauguração. Em 1970, Arthur Brandão e Milton Rosário anotaram em sua obra 'Estórias da História de Ilhéus': "A 1º de janeiro de 1939 o engenheiro Osório de Carvalho entregou ao Prefeito Mário Pessoa o edifício do Ginásio Municipal (atual Instituto Municipal de Educação), que teve a sua construção iniciada em julho de 1935, durante a administração Eusínio Lavigne. O edifício foi projetado pelo arquiteto Lélio Landucci e custou ao Município 778 contos de réis" (p.93).
"A 15 de dezembro de 1940 o Ginásio Municipal diplomou a sua primeira turma de bacharéis em Ciências e Letras. Oito alunos compunham o quadro de formandos: Almir Bastos (orador oficial), Werther Cardoso de Araújo, Walter Mônaco Conceição, Euvaldo Pinho, Milton Oliveira, Ranulfo Bittencourt, Evandro Tavares Fonseca e José Mendes Pacheco" (p.99).
Durante anos o educandário foi chamado de Ginasio Municipal, mais tarde de Instituto Municipal de Educação - IME ou I-EME-E, como pronunciavam os sulistas que aqui moravam. Mais demeio século depois passou oficialmente a ser denominado Insituto Municipal de Ensino Eusínio Lavigne, numa justa homenagem ao seu idealizador e construtor, que foi deposto em 1937.
O IME Eusínio Lavigne, tardiamente denominado com o nome do seu criador, faz parte do conjunto mais importante do município para a Educação, Cultura e Esporte, juntamente com o Estádio Mário Pessoa, o Ginásio de Esportes Herval Soledade, que levam o nome dos seus idealizadores e construtores.
Pelo velho ginásio passaram muitos nomes importantes da educação de nossa região e citá-los sem uma pesquisa mais profunda corro o risco de cometer injustiça, porém, é impossível deixar de lembrar de Antenor Butler Browne, Pedro Lima, Milton Santos, Horizontina Conceição, Edelvira Pitta, Osvaldo Ramos... (quem se lembrar de outros, cite.). Dos mais recentes, Prof. Raimundão, Denise Kruschewsky).
Não fui aluno do IME, estudei o ginásio no CEAMEV. Fui frequentador do páto do IME (quando era de barro batido), jogando gude, pião, triângulo, correndo picula e 'pega ladrão'.
Graças ao trabalho do Prof. Arléo Barbosa, da Profa. Maria Luiza Heine e da pesquisadora Eliane Sabóia, personagens como Eusínio Gaston Lavigne e Lélio Landucci (arquiteto responsável pelo projeto) jamais serão esquecidos pelas gerações futuras.
Na minha opinião (que só serve para mim) Eusínio foi o melhor Prefeito desta cidade, justificada pelo fato de ter sido realizado no seu governo projetos voltados para o futuro, como por exemplo a elaboração de um Plano Diretor Urbano, a abertura das avenidas de vale, a preocupação com o desenvolvimento urbano, que pode ser comprovado na luta e preocupação para a construção da Catedral no bairro da Cidade Nova.
Desafio que alguém mostre um projeto de hoje que possa ainda ser grande daqui a setenta anos!
Nossa cidade precisa ser repensada, precisamos sair do varejo e pensar grande, com a preocupação séria de buscar alternativas que não sejam pessoais e sim coletivas.
Eusínio com certeza pensou assim. E realizou.

O IME, na década de 40. Foto: J.DIAS
O IME, na década de 50. Foto: FRANCINO

O IME, na década de 50. Foto: MENDONÇA


4 comentários:

Anônimo disse...

É ALGO A SE LAMENTAR O ASPECTO DO IME MESMO NUMA DATA TÃO SIGNIFICATIVA.
NEM UMA PINTURA FOI FEITA PARA MELHORAR O ASPECTO DO PREDIO.

Anônimo disse...

Esperei até hoje. Uma notícia histórica dessa, até agora, nenhum comentário. A moqueca que Martoni serviu no carnaval, mais de vinte comentários.

Anônimo disse...

Prezados leitores,

A emoção se fez presente no momento em que acabei de ler esta matéria referenciando a importancia do IME para nossa cidade.Fui aluno na década de 70 onde conclui o curso cientifico.Boas lembranças dos nossos estimados bons professores,dentre eles;Antenor Browne,Pedo Lima,Tandik Rezende e Francolino Neto.Épocaem que se levava a merenda na pasta,aquele pão com doce,as vezes duas bananas etc.sem contar o velho baleiro na porta o picolé do somel e apipoca do sudoso dedé.Naquela época o respeito ao professorado era educação de casa,bons momentos.Obrigado meu IME pela educação que tenho hoje.

Parabéns pelo seus 70 anos.

Eduardo

Anônimo disse...

Ao perceber tanta verdade dita pelo autor quando ele reverência o meu querido IME não me contive de emoção e complemento dizendo:O IME de hoje é o retrato da falta se respeito com a historia, tradições e com a educação desta terra.